domingo, 24 de abril de 2016

Colegio Victor do Amaral (historia )



A HISTORIA DO COLÉGIO: (com J
Década de 1950: os curitibanos vestiam-se na Pugsley, compravam sapatos na Clark, ouviam O Direito de Nascer, nascia a Boca Maldita e os pianos Essenfelder eram símbolo de status nas salas de estar da elite curitibana. Fazia-se o footing na XV e lanchava-se na Confeitaria das Famílias.
Quase no final da Marechal Floriano (Boqueirão), havia a necessidade de se construir uma escola para os filhos dos chacreiros e moradores que ali começavam a se instalar. Um terreno da família Amaral foi doado ao estado para esta finalidade. Nascia o Ginásio Estadual do Boqueirão que em 10 de outubro de 1956, receberia o nome de Ginásio Estadual Professor Victor do Amaral.
À frente do estabelecimento, com 10 salas de aula e 400 alunos, estava o Professor Lisímaco Cid Bastos, nosso primeiro diretor que permaneceu no cargo durante 23 anos. Em sua época aprendia-se Latim, Francês, executava-se trabalhos de marcenaria, de tipografia e de corte e costura. É óbvio que meninos de um lado e meninas do outro! Vieram novas leis educacionais, aposentaram-se o Francês e o Latim e os cursos secundários voltaram-se para o mercado de trabalho. A partir de 1976, Lisímaco passou a coordenar o Complexo Escolar Professor Victor do Amaral que, além de nós, englobava as escolas Alfredo Parodi, Lúcia Bastos, Conselheiro Carrão, Leonor Castelano, Nivaldo Braga e outras.
Após Lisímaco, vieram Romeu Conti de Souza e Alzir Demétrio que criaram os cursos de Publicidade e Propaganda e o de Assistente de Administração. Naquela época, nunca imaginei que um dia voltaria para cá (isso, lá em 1992), vindo reencontrar um colégio bem diferente daquele que deixei. Na gestão da Professora Marta Ida já não havia mais divisões por sexo, nem aulas de tricô, encontrei mais salas de aulas e o curso de Magistério. Além de mim, muitos de nossos ex-alunos retornaram para cá (ou professores ou funcionários). Somos uma turma de ex-alunos cheia de histórias para contar, que o digam o Mauro, Eni, Marlene, Rosana, Maria Alice, Ana Pires, Marco Antônio, Ana Beatriz, Marli e Marlizinha, Cléia, Márcia, Maurina, Silmara, Zeneide e o Mauricinho, ou melhor, o Professor Maurício Rodrigues, nosso atual diretor.
Muitas são nossa histórias, mas nem tudo são flores. Como qualquer outro colégio da rede estadual, deparamo-nos em nosso cotidiano com situações adversas e muitas vezes nos vimos impotentes para resolvê-las, como em 1996, quando assumimos a direção do CEVA junto com o Professor Helder Pereira de Souza, encontrando um colégio completamente sucateado. Foi um tempo difícil porém, conseguimos resgatar muito de bom que havia se perdido e deixamos como legado para a próxima diretora (Roseli Ribeiro) uma maneira mais democrática e transparente de se trabalhar pois, nossa grande bandeira sempre foi a busca de uma gestão democrática na escola pública.
Em sua gestão vieram as salas–ambientes (1999) e em 2000 foi a vez da Mostra Interdisciplinar: uma das formas que encontramos para abrirmos os portões de nosso colégio à comunidade e mostrarmos o que é produzido por nossos alunos. Há ainda a Fanfarra (50 integrantes) que já conquistou duas vezes o primeiro lugar no Fera e também outros mimos dos quais nos orgulhamos como: nosso hino escrito pelo maestro Bento Mussurunga, o Piano Essenfelder que já esteve nas mãos do maestro Artur Moreira Lima e Victor do Amaral no pincel de Teodoro de Bonna.
Sabemos que muitas coisas ainda estão por fazer e não queremos que nossos jovens sejam apenas mais um subproduto duma cultura de massa ou vítimas dum sistema político e econômico nefasto, onde só os mais fortes sobrevivem. Queremos nossos alunos sendo como são: alegres, espontâneos, brincalhões, mas capazes de interpretarem e se emocionarem com um poema de Drummond e que, guardem, com carinho, os anos que aqui viveram.

oão Bueno)
Cláudia Gruber
Professora de Língua Portuguesa e ex-aluna do CEVA.

5 comentários:

  1. Muito legal, parabéns pela matéria, pelas fotos ....era isto mesmo....

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  2. Fui aluno desta instituição entre 1965 a 1969.
    Havia um turno com horário diferenciado, das 15,45 às 19,30 h.Aulas de Educação Física pela manhã com professor Adilson Seixas. Na entrada as filas alinhavam por turma e o burburinho da molecada iacdominuindo com a presença do enérgico diretor e professor de português Lisimaco Cid Bastos,também pai do profesdorcde matemática Eraldo. Colégio impecável, banheiros asseados, corredores lustrosos. Aulas de desenho sob a batuta de Ervino Klein, história com Romeu Conti e a querida Maria Cristina Isabel Gabardo da Costa, nossa amiga até os dias de hoje.
    Consolidei amizade com Irajá de Brito Vaz que me acompanhou para o a Escola Técnica Federal do Paraná onde nos formamos técnicos em Edificações. Ensino público de qualidade e gratuito, que permitiu a mim e outros colegas cono Márcio Woichowski nos graduarmos em Engenharia Civil. Cada vez que vou ao aeroporto ou ao litoral catarinense percorre a Marechal para rever o nosso Colégio. Saudades e muitas histórias de vida!
    Gilberto Piva

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  3. Fui aluno desta instituição entre 1965 a 1969.
    Havia um turno com horário diferenciado, das 15,45 às 19,30 h.Aulas de Educação Física pela manhã com professor Adilson Seixas. Na entrada as filas alinhavam por turma e o burburinho da molecada ia diminuindo com a presença do enérgico diretor e professor de português Lisimaco Cid Bastos,também pai do profesdor de matemática Eraldo. Colégio impecável, banheiros asseados, corredores lustrosos. Aulas de desenho sob a batuta de Ervino Klein, história com Romeu Conti e a querida Maria Cristina Isabel Gabardo da Costa, nossa amiga até os dias de hoje.
    Consolidei amizade com Irajá de Brito Vaz que me acompanhou para o a Escola Técnica Federal do Paraná onde nos formamos técnicos em Edificações. Ensino público de qualidade e gratuito, que permitiu a mim e outros colegas cono Márcio Woichowski nos graduarmos em Engenharia Civil. Cada vez que vou ao aeroporto ou ao litoral catarinense percorro a Marechal para rever o nosso Colégio. Saudades e muitas histórias de vida!
    Gilberto Piva

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  4. Estudei nesta escola a minha primeira série em 1978. Tenho boas lembranças de minha meninice.

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  5. Estudei nessa escola final da década de 60 início de 70, só tenho lembranças terríveis, com professores ruins, incluindo uma tal de prof. Dirce que não se pode nem chamar de gente, claro que tinhas pessoas boas, mas as ruins eram tão maldosas que fica difícil lembrar das outras!!!

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